No mundo da tecnologia, a figura do Gerente de Produto (PM) e do Engenheiro de Software frequentemente são colocadas em oposição, quase como se fossem inimigos naturais. Contudo, essa narrativa, embora emocionante, é muito mais mito do que realidade. Eu, como engenheiro de software, posso afirmar com convicção: o PM não é meu amigo – e está tudo bem.
Em primeiro lugar, precisamos entender que cada papel desempenha uma função crucial no processo. O PM é responsável por organizar e direcionar o projeto, mantendo-o alinhado com as expectativas dos stakeholders, enquanto nós, engenheiros de software, traduzimos esses objetivos em código, transformando ideias em produtos reais. Sim, nossos trabalhos são distintos, mas ambos necessários para o sucesso do projeto.
É inevitável que tenhamos divergências. Haverá momentos em que o PM irá querer entregar algo que considero tecnicamente inviável ou até mesmo imprudente. Da mesma forma, haverá ocasiões em que não conseguirei compreender a visão do negócio e as expectativas do cliente tão claramente quanto o PM.
Nesses momentos, a tensão pode se instalar e parecer que estamos em lados opostos. Mas o verdadeiro desafio não é evitar esses conflitos, mas saber como resolver e aprender com eles.
O PM não é meu amigo, mas também não é meu inimigo. Ele é um colega de trabalho, com um papel diferente do meu, mas com o mesmo objetivo final: encantar nossos clientes. Entender isso é fundamental.
Nós precisamos uns dos outros para sermos bem-sucedidos. Precisamos colaborar, comunicar-nos efetivamente e, acima de tudo, respeitar a expertise que cada um traz para a mesa. E, quando encontramos esse equilíbrio, não apenas entregamos um produto excelente, mas também construímos um ambiente de trabalho mais produtivo e gratificante.
Então, da próxima vez que você, engenheiro de software, sentir que o PM não é seu amigo, lembre-se: ele não precisa ser. Ele precisa ser um parceiro que compartilha sua dedicação pelo projeto, sua vontade de superar desafios e sua paixão por entregar o melhor para os clientes. E isso é mais do que suficiente.